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sábado, 10 de julho de 2010

Cibercultura


A cibercultura é a relação entre as tecnologias digitais e a cultura, característica da sociedade contemporânea. As novas tecnologias, marcadas principalmente pela internet, alteraram a comunicação. Com a atribuição de um novo sentido para o tempo e o espaço, elas proporcionam às trocas sociais a velocidade de um click e a proximidade característica do mundo conectado pela rede.


A transformação espaço-temporal contemporânea, impulsionada pelo advento das novas tecnologias e pela crise dos meta-discursos da modernidade, vai caracterizar aquilo que o sociólogo francês Léo Scheer identificou como a "civilização do virtual" . O paradigma digital e a mutação de espírito e mentalidade, advindas da falência do pensamento sociológico clássico, se conjugam formando essa (nova) civilização.

Essa civilização virtual dá exemplos todos os dias de seu vitalismo: telefones celulares, "pagers", música (e festas) "tecno", próteses e implantes, engenharia genética; sem falar na informática popular, com os micro-computadores, consoles de jogos, CD-Rom multimídia, e a Internet. A efervescência da Internet e suas comunidades virtuais, mostram a existência de uma verdadeira "agregação eletrônica", espécie de socialidade compartilhada através das tecnologias digitais. A Net exprime bem esse espírito do tempo . Vemos se constituir, com a cibercultura da civilização do virtual, aquilo que chamei de "ciber-socialidade" .

Fonte: http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=5649

Convergência de Mídias

GRUPO: Aldemir Garcia, Ana Bosi, Emília Barbarioli, Glaycon Araújo, Janete Suely, Martanézia Paganini, Rosani Siqueira

Antes de abordarmos o conceito de Convergência de mídias falaremos brevemente sobre algo que a antecede, que é a Convergência digital.

Segundo o conceito da Wikipedia, a Convergência digital é uma integração de mídias que se convergem para interagir em um único ambiente. Telefone móvel, televisão, rádio, jornal são programados para interagir e transmitidos em um único canal, gerando um comunicação multicanal. TV, rádio, celular, internet vão passar a interagir de uma forma não-linear em um único ambiente, sem que o usuário tenha que migrar de uma mídia para outra. Essas mídias e canais vão passar a transmitir seu conteúdo de forma integrada.

Muito tem se discutido sobre convergência entre dispositivos móveis e internet, além das mídias – de uma maneira geral. Tomi Ahonen, em sua linha-mestra na maior conferência de convergência digital da Coréia do Sul, iMobicon, em 2005, apresentou sua teoria do Y da convergência, que combina os elementos de telecomunicações, internet e mídia. Os três eixos sem ordem de preferência, tem uma tecnologia dominante. A internet, com cerca de 1,1 bilhão de usuários no final de 2006; telefones celulares com 2.7 bilhão de usuários e televisão, com cerca de 1.4 bilhão de aparelhos em uso.


As tecnologias envolvidas no processo de convergência são, de forma geral, tecnologias modernas de telecomunicações tais como rádio, televisão, redes de computadores e de telefonia.

Na atualidade convivemos com uma enorme variedade de manifestações tecnológicas, o que os estudiosos do assunto afirmam ser uma Nova Ordem Tecnológica, que teve seu início no século passado. Juntamente com o advento da internet formaram-se novas configurações nos modelos sociais, políticos, econômicos e culturais, especialmente com os novos moldes de comunicação, informação e conhecimento, trazendo rapidez, encurtando distâncias e ao mesmo tempo, alcançando os quatro pontos do planeta.

No início tivemos o rádio, logo depois a televisão que, se antes era de produção digital, agora é uma máquina de comunicação e breve será de intensa interação social, o que por si só já mudou em muito a forma de comunicação.

Temos também os celulares (ainda utilizados de forma muito aquém de suas muitas funções), palm tops e outros tantos dispositivos em Tecnologia de Informação e Comunicação – TIC.

Sabe-se que as redes de conhecimentos podem nos levar a vários tipos de convergência, mas vamos nos ater à tecnologia da informação, dando enfoque apenas à convergência em telecomunicações.



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Convergência tecnológica
Segundo a mesma origem (Wikipedia),o ponto de partida para o fenômeno da convergência tecnológica é, evidentemente, a viabilidade de desenvolvimento e comercialização em grande escala de soluções de tecnologia convergentes, sejam redes, serviços ou terminais.

Convergência de terminais

É a utilização de um único terminal para acesso a múltiplas redes e serviços diversos.


iPhone: terminal convergente

Convergência regulatória
O surgimento de serviços convergentes cria um ponto de contato entre dois mercados: o da telefonia, tradicionalmente regulamentado, e o mercado de serviços de dados, sujeito a pouca ou nenhuma regulamentação sobre a prestação dos serviços.
De entre os desafios a serem enfrentados pelos órgãos reguladores, inclui-se a manutenção de princípios como a defesa da justa competição no setor de telecomunicações e radiodifusão sejam garantidos. [7]. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Você notou que tudo converge ? Um só espaço, ou um único dispositivo, e muitas funções integradas!

O aparelho celular é um exemplo simples, que nos ajuda a compreender o significado da convergência tecnológica, que hoje recebe mensagens, envia vídeos, tira fotos, sintoniza a televisão, faz conexão com a Internet e ainda serve para se conversar com as pessoas. É disso que trata a integração entre os dispositivos digitais e é isso que define a convergência tecnológica e convergência das mídias.

Mídias integradas
Se uma informação veiculada, via jornal, rádio ou televisão, influencia a formação da opinião pública e o desenvolvimento da sociedade, o que acontece quando as pessoas passam a ter acesso instantâneo aos acontecimentos por meio de todas essas mídias integradas a um único artefato?

Hoje, por meio da Internet, você pode acessar conteúdos interessantes, como vídeos por exemplo, a partir de seu computador, esteja você onde estiver.

Por exemplo, para você saber mais sobre a cibercultura e a recombinação de conteúdo que a caracteriza, assista ao vídeo “Web 2.0 – A máquina somos nós”, disponível no site http://www.youtube.com/watch?v=WzYHsqPINhY

Num outro exemplo, você pode obter mais informações sobre O papel do computador no processo ensino-aprendizagem. In: ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini; MORAN, José Manuel. (Orgs.). Integração das Tecnologias na Educação. Salto para o Futuro. TV E Brasil, Secretaria de Educação a Distância. Brasília, 2005. Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/salto/livro.htm


A nova mídia digital é e será segundo Castro (2005) cada vez mais, constituída pela convergência e interação midiática, abandonando o conceito tradicional de mídia segmentada, ou seja, de um meio para cada tipo de mídia.

Já Pierre Lévy afirma que é necessário um maior aproveitamento dos recursos disponíveis hoje na hora de promover a informação. Os profissionais da comunicação devem ter em mente que a Internet consolida-se como a nova mídia e o entretenimento da televisão somados a uma gama de recursos como animações, charges, vídeo, fotografia e áudio traz uma interatividade jamais comparada a qualquer outro meio de comunicação. Segundo Pierre:
“(…) a digitalização permite associar na mesma mídia e mixar finamente os sons, as imagens animadas e os textos. (…) o hipertexto digital seria, portanto, definido como uma coleção de informações multimodais dispostas em rede para a navegação rápida e intuitiva”.

Esses e outros aspectos da convergência tecnológica estão operando uma verdadeira revolução em nossas vidas, e dentre as mais importantes talvez estejam as relacionadas à superação das limitações das mídias e, principalmente, à mudança de foco, priorizando a mensagem e o receptor em detrimento do meio.

A convergência digital levou à expansão de todas as formas de conteúdo e evidenciou que “o conteúdo não determinava mais o modo de transmissão” (BURKE, 2004, p. 272). Desse modo vemos que uma mesma notícia hoje é veiculada por vários meios de comunicação diferentes ao mesmo tempo.
Uma importante contribuição, apontada por Pellanda (2003), diz respeito à atuação de modo complementar dos hemisférios esquerdo (lógico e sequencial) – ativado pela linguagem escrita – e direito (emocional) – ativado pela linguagem audiovisual – do cérebro, mecanismos que podem e devem ser bem aproveitados na educação.

A mídia audiovisual traz contribuições ao ensino e à aprendizagem?

Conforme afirma Almeida (in Prática e formação de professores na integração de mídias), a utilização de tecnologias na escola e na sala de aula impulsiona a abertura desses espaços ao mundo e ao contexto, permite articular as situações global e local, sem contudo abandonar o universo de conhecimentos acumulados ao longo do desenvolvimento da humanidade. Tecnologias e conhecimentos se integram para produzir novos conhecimentos que permitam compreender as problemáticas atuais e desenvolver projetos, em busca de alternativas para a transformação do cotidiano e a construção da cidadania.
http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003/ppm/tetxt5.htm

Ela nos diz ainda que, mesmo as tecnologias não estando fisicamente na sala de aula, ainda assim ela está presente nas imagens, sons e movimentos e interage com os jovens, uma vez que a comunicação entre eles resulta sempre do encontro de palavras, gestos, movimentos, numa dinâmica bem diferente da linearidade dos livros didáticos. Afirma que é preciso e possível criar espaços e dar voz e expressão aos alunos para que se utilizem de maneiras diferentes na construção ativa de seus conhecimentos e na formação de sua consciência crítica.

Referências Bibligráficas:

Internet
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini - Prática e formação de professores na integração de mídias

Pierre Lévy - http://www.comunicar.pro.br/tag/pierre-levy/

http://joelteixeira.net/2008/09/pierre-levy-e-a-nova-midia/

Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nossas sugestões:
Para conhecer mais sobre Pierre Lévy acesse baixo, dois excelentes livros de sua autoria:
Pierre Lévy - O que é virtual? (668.5 KiB, 482 hits)
Pierre Lévy - Cybercultura (10.0 MiB, 828 hits)

Otimismo!?

O próprio Lévy diz que em geral muitos o consideram um otimista, mas ele explica:

“Em geral me consideram um otimista. Estão certos. Meu otimismo, contudo, não promete que a Internet resolverá, em um passe de mágica, todos os problemas culturais e sociais do planeta.
Consiste apenas em reconhecer dois fatos. Em primeiro lugar, que o crescimento do ciberespaço resulta de um movimento internacional de jovens ávidos para experimentar, coletivamente, formas de comunicação diferentes daquelas que as mídias clássicas nos propõem. Em segundo lugar, que estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos econômico, político, cultural e humano.”

(LÉVY, P. Trad. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1999.) (p.11)

Pierre Lévy no Roda Viva (08/01/01)

"A emergência do ciberespaço não significa em absoluto que “tudo” esteja enfim acessível, mas que o tudo está definitivamente fora de alcance."

Pierre Lévy

Cibercultura e Produção de Conhecimento

Aldemir Garcia, Ana Bosi, Emília Barbarioli, Glaycon Araújo, Janete Suely, Martanézia Paganini, Rosani Siqueira

Quanto ao impacto da cibercultura e sua influência na mutação do saber e da educação, LEVY descreve algumas constatações:

A primeira que “há uma velocidade de surgimento e renovação de saberes savoir-faire(...)”.

A segunda: “diz respeito à nova natureza do trabalho, cuja parte de transações de conhecimentos não para de crescer (...)”.

A terceira constatação: “o ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que amplificam, exteriorizam e modificam numerosas funções cognitivas humanas: memória, imaginação, percepção e raciocínio”.



A partir da discussão proposta por Pierre Lévy, também os questionamentos de Newton Duarte foram recordados.

Newton Duarte entende ser possível postular uma educação que fomente a autonomia intelectual e moral através justamente da transmissão das formas mais elevadas e desenvolvidas do conhecimento socialmente existente.

O curso de Especialização em Filosofia e Psicanálise é uma constatação dessas formulações (Pierre Lévy e Newton Duarte). Uma prova de que um conhecimento pode ser produzido por um grupo de pessoas de uma localidade que comungam de um interesse (filosofia e psicanálise), pesquisam na web, elaboram um texto sobre o conhecimento adquirido e o disponibilizam a todos que quiserem acessar num blog, que aqui foi construído para auxiliar no exercício do conhecimento e de sua transmissão, tendo como barreira apenas o idioma nessa aldeia global e virtual.

Assim sendo, vemos como prova o crescimento do ensino à distância, uma modalidade que altera as relações tradicionais de ensino-aprendizagem, tais como: os espaços não só físicos e presenciais, mas virtual e a distância nesse processo e a relação professor aluno. É necessário uma série de adaptações e modificações, há pontos de vistas favoráveis e contrários a esse novo paradigma, mas só quem está vivo pode desfrutar de ser contrário ou a favor, por isso o convidamos a se posicionar, a contribuir postando sua contribuição neste blog, mais um Rhizoma.

Convergências das Mídias e Educação

Aldemir Garcia, Ana Bosi, Emília Barbarioli, Glaycon Araújo, Janete Suely, Martanézia Paganini, Rosani Siqueira


A convergência das mídias influencia nosso modo de ser, de estar, de agir e se comunicar no mundo. Portanto, influencia nosso modo de aprender e ensinar. O termo convergência é empregado para designar a integração de texto som, imagem e número à tecnologia digital.

Convergência não é só um fenômeno tecnológico é, principalmente, um fenômeno cultural. O fenômeno da convergência caracteriza-se principalmente pela idéia de que consumir cultura é tão importante quanto produzi-la. Hoje, coexistem as culturas da mídia tradicional (produzida pelas grandes corporações destinada apenas ao consumo) e da mídia produzida pelas pessoas comuns que circula pelos youtube, blogs, redes de relacionamento e outras plataformas. A primeira é uma cultura que vem de cima para baixo, a segunda, de baixo para cima e produzida a partir de ferramentas que estão disponíveis para todos. Não se pode pensar sobre a convergência de mídias sem refletir sobre o cotidiano. Trata-se de um processo do qual todos somos testemunhas e ao mesmo tempo atores. Dois importantes componentes nesta fusão que está se estabelecendo entre tv, rádio, internet e veículos impressos são a digitalização do conhecimento e a disponibilidade deste saber acumulado numa rede mundial de difícil controle.

Essa imagem nos ajuda a compreender o que seja: convergência tecnológica.
O computador agregou à internet e continua a emergir diferentes possibilidades. Os celulares que possuíam a função de telefonia móvel, atualmente agrega diversas funções. Tais como: envio de mensagens, acesso a internet, filmadora, captação de imagens, serviços de informação, agendas, etc. Enfim, um só espaço, um só dispositivo e muitas funções integradas.


O que é convergências das mídias?
A convergência de mídias não é um processo tecnológico que une múltiplas funções dentro de um mesmo equipamento (como um celular com voz, web e TV, por exemplo), mas sim “uma transformação cultural, à medida que os consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em meio a conteúdos midiáticos dispersos“. É importante ressaltar que ainda estamos aprendendo a usar todo esse ferramental, então a maior parte do que se faz carece de qualidade. Estamos na fase de aprendizagem, de descobrir como essas ferramentas novas funcionam. Então é o momento da diversão pela diversão. Mais tarde, depois da fase de encantamento pelo novo, vamos passar a usar o que aprendemos agora para produzir coisas úteis.

É esse ponto de virada que deve ser catalisado e aproveitado pela educação. Afinal, todo processo criativo se constrói em cima da cultura existente e a cultura da atualidade é a cultura da convergência, da mídia colaborativa. As receitas de bolo em educação não existem mais. Experiências de êxito vêm sendo realizadas em diversos lugares, sempre respeitando o protagonismo dos estudantes e sua vocação para a descoberta e o uso criativo das tecnologias.


No mundo atual, o número de computadores se iguala ao número de aparelhos de TV. Mais de 600 milhões de pessoas têm algum tipo de acesso à internet. Em 2001, as estatísticas oficiais mostravam que metade dos brasileiros nunca usou um telefone fixo e que, de cada cem nativos, só seis possuem computador. Cerca de 13 milhões de pessoas no Brasil estão conectadas à rede, menos de 10% da população. A Argentina, mergulhada em caos econômico, tem números mais animadores sobre a questão. Diante destes dados, é quase uma verdade irrefutável que a exclusão digital é um problema que merece da atenção do governo, da sociedade e do ambiente acadêmico brasileiro.


O acesso à banda larga, que permite a visualização de vídeos em computadores e outros dispositivos como uma experiência razoavelmente interessante e divertida, é ainda mais elitizado. No entanto, as escolas públicas ainda estão muito aquém da realidade, quando o assunto é educação pela mídia. Isso porque a maioria das escolas brasileiras não possuem internet banda larga.

Piérre Lévy, em recente visita ao Brasil, afirma que é necessário a intervenção do Estado para garantir a inclusão digital. Ele acredita que o anafalbetismo e a falta de recursos culturais são os grandes vilões para este acesso. O filósofo tem estudado o quanto as comunidades virtuais podem contribuir com o avanço da humanidade.

Abaixo ressalta-se a questão levantada por filósofos e pelo sociólogo Manuel Castells:

“A revolução tecnológica muda costumes e a apreensão da informação ou a mudança de mentalidade que constrói novos canais de informação?”

Respondendo à questão Castel afirma: “creio que há quarenta anos atrás, Marshall Macluhan já tinha a resposta para essa questão - "não há como dissociar o meio da mensagem". É por isso que seus conceitos estão sendo revisitados. O educador precisa adaptar seu conteúdo, entender o processo de aprendizagem frente às novas perspectivas que a tv interativa possibilita e tirar o maior proveito delas.

O receptor na tv interativa deixa de ser passivo no processo comunicacional. Ele assume o papel de emissor também. Podemos citar como efeitos do uso de hiperlinks nas imagens em movimento: a segmentação de público, a personalização de programação, o aumento da capacidade de crítica, a busca de conhecimento e a interação com outros espectadores. Tudo isso beneficiará imensamente a população brasileira na busca pelo saber. Aguardemos os novos tempos, partilhado do otimismo de Piérre Levy.

Gilberto Gil - pela internet

Ciberespaço e Cibercultura

Aldemir Garcia, Ana Bosi, Emília Barbarioli, Glaycon Araújo, Janete Suely, Martanézia Paganini, Rosani Siqueira
Há algum tempo é comum retratarmos o futuro impregnado de máquinas, computadores, carros voadores, relações afetivas virtuais, casas comandadas a distância, programas televisivos em que os expectadores tornam-se produtores, entre outras coisas. Imagens que transformam o mundo em um lugar maravilhoso, livre de esforços, ágil, (des)territorizado, a era cibernética nos domínios espaciais e culturais.

Hoje muito daquilo que parecia imaginação já está presente em nossa rotina. Não é possível ignorar a presença da ciência e da tecnologia na vida atual. Estamos na era da Cibercultura e do Ciberespaço.
Segundo Pierre Lévy, "o ciberespaço (que também chamarei de "rede") é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não apenas a infra-estrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo "cibercultura", especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço”. (LÉVY, P., 1999.p.17)


Assim sendo, a Cibercultura é a cultura contemporânea fortemente marcada pelas tecnologias digitais. A cibercultura desenvolve-se no ambiente virtual (ciberespaço) através do uso dos meios de comunicação modernos, destacando-se a internet. Para além dos usos das novas tecnologias de comunicação e informação, o mundo da cibercultura é o espaço da liberdade de expressão e da democratização de conhecimentos, onde os indivíduos podem desenvolver sua criatividade e reinventar seu cotidiano.

O ciberespaço pode ser compreendido a partir de duas perspectivas: como a rede, ou seja, como a via expressa de informação através da conexão de computadores em rede e, como realidade virtual. A cibercultura é o que se vive hoje: o uso do home banking, cartões inteligentes, voto eletrônico, pages, palms, imposto de renda via rede, inscrições via internet, etc., que estão presentes na vida cotidiana de cada indivíduo.
A cibercultura expressa, segundo Pierre Lëvy (1999), uma mutação fundamental da própria essência da cultura”, sendo esta a “chave da cultura do futuro é o conceito de universal sem totalidade. Nessa proposição , ‘o universal’ significa a presença virtual da humanidade para si mesma. O universal abriga o aqui e agora da espécie, seu ponto de encontro, um aqui e agora paradoxal, sem lugar nem tempo claramente definíveis... O horizonte de um ciberespaço que temos como universalista é o de interconectar todos os bípedes falantes e fazê-los participar da inteligência coletiva da espécie no seio de um meio ubiqüitário. (p.247)

Bibliografia

Cibercultura
LÉVY, P. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1999.