O Mestre Ignorante
Referência
Rancière, Jacques – O mestre ignorante – cinco lições sobre a emancipação intelectual – tradução de Lílian do Valle, 3 ed. – Belo Horizonte; Autêntica, 2010
Cursamos a Pós Gradução à Distância de Filosofia e Psicanálise pela UAB/UFES e com variadas formações o grupo é composto por Aldemir Garcia, Aloisio Carlos da Silva, Ana Maria Bosi, Anallu Lorenção, Emília Barbarioli, Glaycon Araújo, Janete Suely Silva, Martanézia Paganini e Rosani Siqueira. Esse espaço será destinado à discussões de temas e conceitos pertinentes ao curso, sendo uma extensão das reuniões presenciais de segunda-feira. Contamos com a colaboração preciosa do tutor Adolfo Oleari.
O Mestre Ignorante
Disciplina: METODOLOGIA EM EDUCAÇÃO ABERTA E À DISTÂNCIA (EAD)
Comparando o Modelo Socrático com a proposta de ensino na Modalidade EAD
iPhone: terminal convergente
Convergência regulatória
O surgimento de serviços convergentes cria um ponto de contato entre dois mercados: o da telefonia, tradicionalmente regulamentado, e o mercado de serviços de dados, sujeito a pouca ou nenhuma regulamentação sobre a prestação dos serviços.
De entre os desafios a serem enfrentados pelos órgãos reguladores, inclui-se a manutenção de princípios como a defesa da justa competição no setor de telecomunicações e radiodifusão sejam garantidos. [7]. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Você notou que tudo converge ? Um só espaço, ou um único dispositivo, e muitas funções integradas!
O aparelho celular é um exemplo simples, que nos ajuda a compreender o significado da convergência tecnológica, que hoje recebe mensagens, envia vídeos, tira fotos, sintoniza a televisão, faz conexão com a Internet e ainda serve para se conversar com as pessoas. É disso que trata a integração entre os dispositivos digitais e é isso que define a convergência tecnológica e convergência das mídias.
Mídias integradas
Se uma informação veiculada, via jornal, rádio ou televisão, influencia a formação da opinião pública e o desenvolvimento da sociedade, o que acontece quando as pessoas passam a ter acesso instantâneo aos acontecimentos por meio de todas essas mídias integradas a um único artefato?
Hoje, por meio da Internet, você pode acessar conteúdos interessantes, como vídeos por exemplo, a partir de seu computador, esteja você onde estiver.
Por exemplo, para você saber mais sobre a cibercultura e a recombinação de conteúdo que a caracteriza, assista ao vídeo “Web 2.0 – A máquina somos nós”, disponível no site http://www.youtube.com/watch?v=WzYHsqPINhY
Num outro exemplo, você pode obter mais informações sobre O papel do computador no processo ensino-aprendizagem. In: ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini; MORAN, José Manuel. (Orgs.). Integração das Tecnologias na Educação. Salto para o Futuro. TV E Brasil, Secretaria de Educação a Distância. Brasília, 2005. Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/salto/livro.htm
A nova mídia digital é e será segundo Castro (2005) cada vez mais, constituída pela convergência e interação midiática, abandonando o conceito tradicional de mídia segmentada, ou seja, de um meio para cada tipo de mídia.
Já Pierre Lévy afirma que é necessário um maior aproveitamento dos recursos disponíveis hoje na hora de promover a informação. Os profissionais da comunicação devem ter em mente que a Internet consolida-se como a nova mídia e o entretenimento da televisão somados a uma gama de recursos como animações, charges, vídeo, fotografia e áudio traz uma interatividade jamais comparada a qualquer outro meio de comunicação. Segundo Pierre:
“(…) a digitalização permite associar na mesma mídia e mixar finamente os sons, as imagens animadas e os textos. (…) o hipertexto digital seria, portanto, definido como uma coleção de informações multimodais dispostas em rede para a navegação rápida e intuitiva”.
Esses e outros aspectos da convergência tecnológica estão operando uma verdadeira revolução em nossas vidas, e dentre as mais importantes talvez estejam as relacionadas à superação das limitações das mídias e, principalmente, à mudança de foco, priorizando a mensagem e o receptor em detrimento do meio.
A convergência digital levou à expansão de todas as formas de conteúdo e evidenciou que “o conteúdo não determinava mais o modo de transmissão” (BURKE, 2004, p. 272). Desse modo vemos que uma mesma notícia hoje é veiculada por vários meios de comunicação diferentes ao mesmo tempo.
Uma importante contribuição, apontada por Pellanda (2003), diz respeito à atuação de modo complementar dos hemisférios esquerdo (lógico e sequencial) – ativado pela linguagem escrita – e direito (emocional) – ativado pela linguagem audiovisual – do cérebro, mecanismos que podem e devem ser bem aproveitados na educação.
A mídia audiovisual traz contribuições ao ensino e à aprendizagem?
Conforme afirma Almeida (in Prática e formação de professores na integração de mídias), a utilização de tecnologias na escola e na sala de aula impulsiona a abertura desses espaços ao mundo e ao contexto, permite articular as situações global e local, sem contudo abandonar o universo de conhecimentos acumulados ao longo do desenvolvimento da humanidade. Tecnologias e conhecimentos se integram para produzir novos conhecimentos que permitam compreender as problemáticas atuais e desenvolver projetos, em busca de alternativas para a transformação do cotidiano e a construção da cidadania.
http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003/ppm/tetxt5.htm
Ela nos diz ainda que, mesmo as tecnologias não estando fisicamente na sala de aula, ainda assim ela está presente nas imagens, sons e movimentos e interage com os jovens, uma vez que a comunicação entre eles resulta sempre do encontro de palavras, gestos, movimentos, numa dinâmica bem diferente da linearidade dos livros didáticos. Afirma que é preciso e possível criar espaços e dar voz e expressão aos alunos para que se utilizem de maneiras diferentes na construção ativa de seus conhecimentos e na formação de sua consciência crítica.
Referências Bibligráficas:
Internet
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini - Prática e formação de professores na integração de mídias
Pierre Lévy - http://www.comunicar.pro.br/tag/pierre-levy/
http://joelteixeira.net/2008/09/pierre-levy-e-a-nova-midia/
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nossas sugestões:
Para conhecer mais sobre Pierre Lévy acesse baixo, dois excelentes livros de sua autoria:
Pierre Lévy - O que é virtual? (668.5 KiB, 482 hits)
Pierre Lévy - Cybercultura (10.0 MiB, 828 hits)
"A emergência do ciberespaço não significa em absoluto que “tudo” esteja enfim acessível, mas que o tudo está definitivamente fora de alcance."
Pierre Lévy
A partir da discussão proposta por Pierre Lévy, também os questionamentos de Newton Duarte foram recordados.
Newton Duarte entende ser possível postular uma educação que fomente a autonomia intelectual e moral através justamente da transmissão das formas mais elevadas e desenvolvidas do conhecimento socialmente existente.
O curso de Especialização em Filosofia e Psicanálise é uma constatação dessas formulações (Pierre Lévy e Newton Duarte). Uma prova de que um conhecimento pode ser produzido por um grupo de pessoas de uma localidade que comungam de um interesse (filosofia e psicanálise), pesquisam na web, elaboram um texto sobre o conhecimento adquirido e o disponibilizam a todos que quiserem acessar num blog, que aqui foi construído para auxiliar no exercício do conhecimento e de sua transmissão, tendo como barreira apenas o idioma nessa aldeia global e virtual.
Assim sendo, vemos como prova o crescimento do ensino à distância, uma modalidade que altera as relações tradicionais de ensino-aprendizagem, tais como: os espaços não só físicos e presenciais, mas virtual e a distância nesse processo e a relação professor aluno. É necessário uma série de adaptações e modificações, há pontos de vistas favoráveis e contrários a esse novo paradigma, mas só quem está vivo pode desfrutar de ser contrário ou a favor, por isso o convidamos a se posicionar, a contribuir postando sua contribuição neste blog, mais um Rhizoma.
É esse ponto de virada que deve ser catalisado e aproveitado pela educação. Afinal, todo processo criativo se constrói em cima da cultura existente e a cultura da atualidade é a cultura da convergência, da mídia colaborativa. As receitas de bolo em educação não existem mais. Experiências de êxito vêm sendo realizadas em diversos lugares, sempre respeitando o protagonismo dos estudantes e sua vocação para a descoberta e o uso criativo das tecnologias.
No mundo atual, o número de computadores se iguala ao número de aparelhos de TV. Mais de 600 milhões de pessoas têm algum tipo de acesso à internet. Em 2001, as estatísticas oficiais mostravam que metade dos brasileiros nunca usou um telefone fixo e que, de cada cem nativos, só seis possuem computador. Cerca de 13 milhões de pessoas no Brasil estão conectadas à rede, menos de 10% da população. A Argentina, mergulhada em caos econômico, tem números mais animadores sobre a questão. Diante destes dados, é quase uma verdade irrefutável que a exclusão digital é um problema que merece da atenção do governo, da sociedade e do ambiente acadêmico brasileiro.
O acesso à banda larga, que permite a visualização de vídeos em computadores e outros dispositivos como uma experiência razoavelmente interessante e divertida, é ainda mais elitizado. No entanto, as escolas públicas ainda estão muito aquém da realidade, quando o assunto é educação pela mídia. Isso porque a maioria das escolas brasileiras não possuem internet banda larga.
Piérre Lévy, em recente visita ao Brasil, afirma que é necessário a intervenção do Estado para garantir a inclusão digital. Ele acredita que o anafalbetismo e a falta de recursos culturais são os grandes vilões para este acesso. O filósofo tem estudado o quanto as comunidades virtuais podem contribuir com o avanço da humanidade.
Abaixo ressalta-se a questão levantada por filósofos e pelo sociólogo Manuel Castells:
“A revolução tecnológica muda costumes e a apreensão da informação ou a mudança de mentalidade que constrói novos canais de informação?”
Respondendo à questão Castel afirma: “creio que há quarenta anos atrás, Marshall Macluhan já tinha a resposta para essa questão - "não há como dissociar o meio da mensagem". É por isso que seus conceitos estão sendo revisitados. O educador precisa adaptar seu conteúdo, entender o processo de aprendizagem frente às novas perspectivas que a tv interativa possibilita e tirar o maior proveito delas.O receptor na tv interativa deixa de ser passivo no processo comunicacional. Ele assume o papel de emissor também. Podemos citar como efeitos do uso de hiperlinks nas imagens em movimento: a segmentação de público, a personalização de programação, o aumento da capacidade de crítica, a busca de conhecimento e a interação com outros espectadores. Tudo isso beneficiará imensamente a população brasileira na busca pelo saber. Aguardemos os novos tempos, partilhado do otimismo de Piérre Levy.
Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível" . A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim.
- E Beethoven ?
- Como? - o encara o diretor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?
Silêncio...
O funcionário fala então:
- Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam emdescobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? etc...
Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis. Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.
Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe *focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus 'erros/ deficiências' . **
*Ninguém lembra e nem quer saber se *Beethoven era surdo*, se *Picasso instável*, *Caymmi preguiçoso*, *Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico *...
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os *pontos fortes de cada membro*. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto. Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' e sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder/ técnico, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria *perdido *todos esses talentos.
Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados . . . apenas peças.
*Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:... . **Ninguém **...
Pois nosso Zaca é insubstituível" **
**Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... com toda certeza ninguém te substituirá!** *
"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso." *
"No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é..., e outras..., que vão te odiar pelo mesmo motivo..., acostume-se a isso..., com muita paz de espírito..." Eu já senti isto na pele(grifo meu).
É bom para refletir e se valorizar!!!!